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Leilões de imóveis crescem 25% durante a pandemia
Juros mais baixos e instabilidade favorecem investimentos mais seguros, como o mercado imobiliário, durante a crise
Os leilões de imóveis cresceram 25% durante a pandemia, de acordo com a Associação de Leiloaria Oficial do Brasil. Esse fenômeno não é novo, pois o mercado de leiloeiro costuma ser beneficiado durante crises, e neste ano não está sendo diferente. A crescente gama de oportunidades de compra de imóveis por preços mais baixos pode ser a oportunidade de investimento para quem tem reserva financeira neste momento.
Essa opção aumentou em número de imóveis a serem leiloados, já que parte das casas, apartamentos e terrenos destinados a esse tipo de venda vem de inadimplências. Atualmente, o Brasil bate recorde histórico de endividados, sendo eles 67,1% das famílias do país, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde janeiro de 2010.
Assim como a oferta cresceu, os olhos de quem procura um bom investimento se voltaram a esse tipo de negociação. Nesse caso, o motivo foi a busca por um investimento que gere lucros significativos e seja seguro. O mercado imobiliário é o que demonstra essas características agora que os juros básicos da economia brasileira estão no menor patamar da história – em 2,95% –, o que coloca em risco o rendimento de diversos investimentos de renda fixa.
Além disso, o coronavírus provocou quedas drásticas na bolsa de valores no país, que chegou a enfrentar paralisação automática, o chamado circuit breaker, que ocorre quando as perdas chegam a 10% em um mesmo dia. Já o dólar, por outro lado, tem disparado. Com isso, a quantidade de outros investimentos estáveis e seguros diminui significativamente.
Quando o assunto são lucros, a maneira de encontrar uma grande margem financeira na hora de revender é comprando pelo preço mais baixo possível, e os leilões representam essa oportunidade, já que, de acordo com leiloeiros, é comum encontrar imóveis com preços até 40% mais baixos do que os encontrados no mercado.
Diferentemente de outros momentos, nos quais a economia estava estabilizada, atualmente, o planejamento da maioria da população está voltado a necessidades básicas, tendo em vista que 81,9% dos brasileiros foram afetados financeiramente pela crise do novo coronavírus, de acordo com levantamento feito pelo Paraná Pesquisas. Neste cenário, a quantidade de procuras gerais dentro do mercado imobiliário diminui, deixando o caminho mais livre para os que querem ter ainda mais oportunidades em leilões de imóveis.
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