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Não existe fracasso, existe feedback.
Na programação neurolinguística (PNL), usa-se o termo “modelo de mundo” para se referir a todas as experiências e memórias individuais que coletamos no decorrer da nossa vida.
O nosso modelo de mundo é influenciado pela nossa cultura, pelas pessoas da nossa convivência e pelo ambiente em que vivemos. Quando você expõe a sua opinião ou ponto de vista você está usando o seu modelo de mundo, e a partir desse raciocínio, pode-se concluir que os feedbacks dizem muito mais sobre quem os deu do que quem os recebeu.
Feedback pode ser um tema delicado, a depender de como ele é interpretado. Muitas pessoas sentem-se constrangidas em dar feedbacks e outras se sentem desconfortáveis com a possibilidade de recebê-los. A PNL aborda o tema de uma forma simples e esclarecedora: o ponto de partida é de que não existe fracasso e sim feedback. Partindo desse pressuposto, receber um feedback significa poder evoluir e avançar.
Outro esclarecimento é de que o feedback, por ser baseado em um modelo de mundo específico, não é uma verdade absoluta e pode ser simplesmente descartado. Ao receber um feedback, a atitude correta é de ouvir e agradecer. A informação pode ser utilizada pelo receptor na sua totalidade, em partes, ou até ser descartada, caso ele julgue que ela não é coerente o suficiente.
Feedbacks aleatórios não trazem informação relevante e podem confundir mais do que direcionar. Imagine, por exemplo, alguém que recebeu a logomarca do seu novo negócio e se sente inseguro. O ideal seria buscar pessoas cujo conhecimento sobre design e branding estejam presentes nos seus modelos de mundo. Esses conhecimentos são fundamentais para que o feedback seja coerente. Ao invés disso, muitos procuram familiares e amigos e recebem feedbacks mais emocionais e menos técnicos.
Segundo a PNL, a melhor formato de feedback é o “sanduíche”. Ele funciona em camadas: deve-se iniciar com um reconhecimento, em seguida com sugestões concretas de melhoria e, finalmente, deve-se apontar algo extremamente positivo no comportamento do receptor, a “cereja do bolo”. Esse tipo de feedback engaja e direciona.
No caso da logomarca citado acima, poderia ser algo do tipo: “Eu reconheço a intenção do design de fazer uma logo única. Na minha percepção, há três pontos a serem melhorados: a escolha das cores, a proporção entre os elementos e o tamanho da fonte. O ponto alto da logo está na autenticidade dos elementos escolhidos. Ela representa bem o seu modelo de negócios.”
Se o feedback engaja e direciona, ele terá atendido bem à sua função. É bem simples. Experimente!
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